17.6.13

Labirintos

É possível viver-se duas vidas? É possível eu viver a minha própria vida e, na minha imaginação, viver uma outra completamente diferente e totalmente desejada?
Na minha vida imaginária, eu sou a rebelde que sempre apregoei ser; faço as coisas que decido sempre deixar para depois e digo aquilo que penso, sem usar silenciadores de pensamento ou amortecedores de sentimentos.
Por isso, a resposta à pergunta anteriormente feita seria "sim". E agora, depois de me predispor a avançar nesta linha de raciocínio, será possível trocá-las de lugar? Será possível passar a viver a vida que outrora imaginava e trancar a minha suposta vida verdadeira lá bem nos confins do meu inconsciente? A resposta será sempre afirmativa, desde que esteja disposta a seguir um labirinto de sacrifícios e esforços, suponho eu. Será que estou? Eu acho que sim mas, então, porque é que continuo perdida entre a linha ténue mas firme que separa a minha vida real e a desejada? Será que o labirinto é demasiado longo e duro para a minha vontade ou será que ainda nem me deparei com esse labirinto? Será que, em vez de me perder num labirinto de esforços e vontades, estou perdida num labirinto de fracassos e desistências?

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