25.3.13

Not-dead, not-alive. Yet.



Depois de tanto tempo, as palavras continuam embrulhadas na minha cabeça.
Continuo a não saber o que dizer ou fazer para expressar aquilo que sinto.
Só sei que nada está igual; eu não estou igual.
Eu sei que sempre fui daquelas pessoas que nega o seu amor às mudanças até necessitar tanto delas ao ponto de não conseguir conceber mais ideia nenhuma e é por isso que o facto de eu decidir que vou tentar viver a vida à minha maneira deveria ser um motivo de orgulho para mim mas não. Não, pelo simples facto de a minha vida não depender de mim. Pelo facto de só agora, quando me tento libertar, é que percebo o quão presa sempre estive. Não só a nível físico; o pior é o psicológico que quer desprender-se mas está tão habituado a estar enclausurado que não vê soluções, que já nem consegue reagir.
Por isso, eu fico quieta, olhando o vazio, quando a minha mente vagueia freneticamente, alucinadamente, agressivamente por todas as memórias que eu deveria ter vivido, que eu queria ter vivido.
Vagueio entre emoções que nunca senti e visões que nunca contemplei. E o sabor da liberdade fica tão perto mas tão longe da minha boca. Porque, apesar de poder construir momentos inexistentes, não posso provar algo que nunca tive.
E a minha vida agora resume-se a isso: a sentir falta de memórias que nunca existiram senão na minha mente deprimida. E é aí, nessa calmaria física quase sombria, que eu deprimo um pouco mais, que eu morro mais um pouco, que eu me perco por completo.
Mas não me quero sentir perdida, nem abandonada ou sozinha; quero contornar tudo o que me corrói e começar a viver a vida que planeio para mim. Mas preciso desesperadamente de alguém que me tire deste labirinto que me enlouquece.

1 comentário:

n. disse...

Não vais morrer, não vais perder-te, não vais deprimir. Não estás sozinha, não estás abandonada. Eu estou aqui. E por muito longe que possa estar, acredita, é só distância física. Estou mesmo aí ao teu lado, estou no teu coração, estou onde quiseres que eu esteja. Estou e estarei sempre, porque te amo e porque não te vou deixar perder.