27.6.11

Onde estás, Ana? Onde estás, euforia?


Chegou a altura.
Para mim, chegou a altura de deixar de me preocupar demasiado, como fazia antes, de pôr os problemas para trás das costas e aprender a seguir em frente e deixar as feridas sararem, até a sua cicatriz desaparecer, com esforço, da minha pele, da minha vida.
Custa-me, não sou propriamente uma pessoa de desistir ou de não me importar com as coisas, mas desta vez sei que é isso que tenho de fazer. Neste momento, é a única coisa que quero fazer.
Quero deitar-me na cama, com o meu gato ao meu lado, a comer pipocas e a ver Bones. Oxalá o meu namorado pudesse estar a dormir na minha cama enquanto isto acontece. Porque o simples facto de ele estar ali torna tudo melhor, torna tudo suportável, e nem é preciso falar ou tocar, basta senti-lo ali, perto de mim, basta saber que ele está aqui.
Mas, agora, não está. Pelo menos, fisicamente. E, então, eu resumo-me à televisão, às pipocas e ao vazio.
Cada dia torna-se mais pesado. Já nem sei o que digo, já nem sei o que sinto. Estou cansada de me sentir outra pessoa.
As minhas respostas não vêm e as minhas ideias não fazem sentido mas, hoje, não me importo.

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