Vou apagar as luzes.
Vou deitar-me na cama e olhar para o tecto, sem nada ver na escuridão.
Vou ficar a ver as luzes dos carros que passam na rua, através das frechas dos estores, e ouvir o barulho dos últimos comboios nocturnos.
Vou tentar concentrar-me apenas nisso. Nisso e na música que trago na cabeça, desde que saí de Peniche.
Como uma boa menina que sou, vou adormecer assim, guardando a minha raiva e contendo as lágrimas. Porque, no fundo, sinto-me a cair. A toda a velocidade, sem nada a que me agarrar.
E isto acontece, noite após noite.
1 comentário:
meu amor, tu nunca podes achar que não tens nada a que te agarrar! mesmo! tens sempre. eu estou sempre aqui. quando uma noite parecer demasiado escura, procura-me, porque sabes que estarei lá para ti !
em qualquer circunstância! (L)
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