25.2.10

Procura-se respostas, desesperadamente (Diário de Bordo 2).

«Nunca fui boa a meter-me na pele das outras pessoas; sempre me limitei a ver o meu lado. Mas há sempre uma altura na vida em que abrimos os olhos e reparamos no Mundo, mundo esse que partilhamos com muitas outras pessoas, todas elas diferentes de nós.
O Mundo é perigoso e a Vida é injusta; para quê negar? É a verdade e está (cada vez mais) à frente dos nossos olhos. E o que eu vejo, quando olho em volta, é que a Vida, infelizmente, não é como os filmes nos fazem crer: os bons não vencem sempre no final e os maus nem sempre têm o castigo que merecem. Mas quem vence são os inteligentes, sem dúvida. Pena que os inteligentes nem sempre são bons. Pena que se aproveitem desse facto.
Ou então, quem vence, são os fortes: os que usam a força para serem “grandes”, para serem “alguém”, para compensarem o facto de somente possuírem essa tal força.
Mas, afinal, que força ganha? A força física, a força de espírito ou a força de vontade? E onde se encaixa o Destino na nossa Vida? Será a Fé a única Esperança a partir de agora? Ou será que sempre foi?
E porque é que tudo muda sem darmos conta? Porque é que tudo vai com a mesma velocidade com que vem? E porque é que dou, todos os dias, o máximo de mim, na Esperança de fazer alguma diferença em vez de me limitar a olhar para o meu umbigo e seguir em frente, como tantos fazem?
Não tenho resposta para estas perguntas; julgo que ninguém tem. É algo cá dentro que me faz ser desta maneira; é algo mais forte que eu.
Mas não será importante saber toda a Verdade? Saber que propósito tem a nossa Existência? Sinceramente, acho que sim. E, como Humana que sou, tenho Esperança em descobri-lo. Não quero ser mais um Barco sem rumo, completamente à deriva, neste imenso Oceano.
Anseio por Alguém que mude o Mundo; que mude mentalidades, que acabe com preconceitos, que una raças, que arranje respostas. Quero Alguém que me prometa um Futuro, que me mostre toda a Verdade que por aí anda escondida; aquela que eu folgo em descobrir.
Demoras muito? Espero por ti (espero, sim), quem quer que sejas, bem antes de o Fim chegar.»

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