11.2.12

Tempos distantes.



O tempo não pára e, com ele, também o relógio não o faz. Mas o meu tempo, o teu tempo para mim, esse pára todos os dias, quando afastas os teus olhos dos meus, enquanto o teu cheiro se desvanece do meu nariz.
Afastas-te, afastas-me. E nem sei se as vezes que passo pela tua cabeça são tantas como as vezes em que tu me assaltas o pensamento. Não sei simplesmente porque já não recorres à minha ajuda, à minha companhia, às minhas palavras. Serão elas tão erradas ao ponto de te aproximarem de outras coisas? Coisas que, a seu tempo, te roubam de mim, mesmo quando ambos sabemos que o teu lugar, nessas alturas, é ao meu lado.
Estou cansada de repetir palavras, de dar voltas à cabeça para tentar encontrar formas de explicar-te todos os nós que isso me provoca. Mas, como sempre, as tuas acusações de complexidade e exagero provocam mais que dor de cabeça. Acendem a tristeza e a raiva que tento a todo o custo manter adormecida no meu peito. E fico com vontade de te dar troco, exactamente na mesma moeda. No entanto, e ao contrário do que pensas, eu preocupo-me com o que tu sentes e respeito-te ao ponto de não te magoar por uma vingança tonta.
E aqui estou eu, em frente ao computador, com as horas a passar no relógio e com o meu tempo parado, coisa que, hoje, fizeste questão de me relembrar vezes sem conta.

1 comentário:

n. disse...

I'll be here, mesmo quando o teu tempo estiver parado. <3