11.9.11

todos os MONÓLOGOS QUE PODIAM SER DIÁLOGOS - VII

PART VII
«Vamos lá, Ana! Rapariga, põe um sorriso nessa cara. Que cara de enterro... Chega de estares com a cara apoiada no punho, com os olhos fixos no vazio, vendo as horas passar.»
«Sim, chega, mas como faço isso? Os problemas não desaparecem apenas por eu trocar de máscara.»
«Então, talvez a solução seja tirar a máscara, definitivamente.»
«Diz-me só como o faço. Não sei como começar, o que mudar...»
«No fundo, tu sabes precisamente o que tens a fazer. Mas também sabes que, apesar de quereres fazer parecer que não, ainda tens um medo de morte das mudanças. Mas o teu espírito requer mudanças constantes. Já devias ter-te habituado a isso.»
«Sim, e isso quer dizer o quê?»
«Quer dizer que, por uma vez na vida, faz o que queres fazer sem pensar na dimensão que vai ter, nas consequências que irá produzir, nas mudanças que irá fazer. Fá-lo apenas porque necessitas, porque és assim e é assim que precisas de reagir. Não finjas que aguentas todas as farças. És forte, mas não és de ferro.»
«E se eu não conseguir?»
«Falhas. Falhas e tentas de novo. Falhas e tentas de novo até conseguires.»


PART VI

«Devo ser como a Mona Lisa: todos a conhecem, mas ninguém sabe quem ela é.»

PART V

«Todas as histórias de amor têm uma introdução. O que elas não têm obrigatoriamente de ter é um fim. É isso que faz delas uma história de amor.»

PART IV

"És capaz, basta quereres", "és capaz, basta quereres".
Fui repetindo, na esperança de me convencer a mim própria.
Tentativa falhada.


PART III

«Olha bem para a roupa que tens vestida hoje. Ouve bem as músicas que estás a ouvir...»
«Que tem? Estou a recuar aos melhores anos da minha vida sem sequer parar o tempo. Estou a procurar uma nova maneira de me voltar a sentir bem, buscando no meu baú das memórias. Estou à procura da minha parte perdida, da parte de mim que procuro há tanto tempo, desde que reparei que a havia perdido. Estou a demonstrar que a quero reencontrar. Que quero conjugar a minha vida no presente e no passado, para assim aprender a conjugá-la no futuro. Porque, no fundo, isto sou eu, eu sou assim.»




PART II
«Porque é que o Amor parece sempre ser uma enorme guerra?!»
«Porque o Amor é uma guerra! É sempre uma guerra, mesmo quando a começas sem sequer reparar. No entanto, também não podes esperar que seja tudo "um mar de rosas"; não podes esperar que seja sempre tudo perfeito. O "Felizes Para Sempre" não existe. Não existe a partir do momento em que depositas nele todas as certezas e decisões. O Amor é uma luta constante, diária. Existem momentos de paz, de calma e tranquilidade que sim, podes e deves aproveitar, que deves guardá-los na tua memória, no teu coração, para o resto da tua vida. Mas, depois, também existem momentos em que tens de lutar com unhas e dentes, e arranjar forças nos confins do teu ser, em todas as partes do teu corpo. Forças que nem sequer sabias que tinhas. E outros em que o melhor é ergueres a bandeira branca e seguires em frente, apenas tu, as tuas memórias e a tua sanidade mental. Nestes momentos, não podes voltar atrás. Noutros, tens de ceder. Mas, na maior parte deles, tens de ser forte. Porque só podes desistir quando souberes que deste tudo o que podias dar, que tentaste o mais que pudeste. Porque "Amor" é isso: é tentar o máximo possível e dar tudo, com gosto e sem esperar nada em troca. Mas, principalmente, é saber lutar.»




PART I
«Nós vamos sempre reencontrarmo-nos, seja em quantas vidas for, porque estamos destinados. Tenho a certeza que me pertences, tenho a certeza que te pertenço, tenho a certeza que serás meu, para sempre.»

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